24 de junho de 2013

Resenha - Dizem Por Ai

Cuidado, contém GRANDES SPOILERS!!!

Nome: Dizem Por Ai
Autor: Ali Cronin
Editora: Seguinte
Ano: 2013
ISBN: 9788565765084
Skoob: Livro

Sinopse: "Ashley sempre foi a mais descolada da turma. Aquela garota que sabe o quer - festas e mais festas - e que, diferente das amigas, nunca gastou seu tempo sonhando com príncipes encantados. Mas tudo muda quando, um dia qualquer, ela vai ao cinema com sua melhor amiga e conhece Dylan: um garoto lindo, um pouco quieto, de olhos verdes e cabelos incríveis que acaba grudando na cabeça dela.
Ashley só consegue pensar naqueles jeans justos, no ar meio desinteressado, nas pernas finas... O efeito é devastador. Mas cada vez que eles se encontram, Dylan tem uma reação diferente: quando estão sozinhos, se dão bem e conversam como amigos; quando se veem nas festas, o garoto a evita. Será que isso é só timidez? Ou na verdade ele tem vergonha de ficar ao lado de uma menina como ela? Será que, no fim das contas, ela é vista como uma garota fútil?
Com esse vaivém, e sem saber como agir, Ash fica cada vez mais insegura e confusa, começa a tomar decisões erradas - quem já não saiu com um pensando em esquecer o outro? - e depois, como nunca tinha acontecido antes, se sente totalmente arrependida. Gostar de alguém de verdade estava sendo mais difícil do que parecia..."

***

"Fizemos alguns passos de Hip-Hop enquanto cantávamos um Rap acompanhando Kanye. Ele é um babaca, na minha humilde opinião, mais uma pessoa que conseguia inventar um Rap sobre um suco de caixinha merecia respeito!"

Ah, Ash. Nessa continuação da série “garota <3 garoto” vemos em perspectiva a vida conturbada e contraditória de Ash. No primeiro livro “Nada é Para Sempre” – que comparado a esse é um total fiasco – Sarah acaba passando uma visão de Ash diferente do que realmente é. Aquela garota forte, descolada, que não curte compromisso e adora viver “La vida loka”, dá espaço neste livro á uma garota mais tristonha, indecisa e um tanto quanto insegura.
Finalmente Ash se interessa por um garoto de verdade, mais ele parece nem ligar pra ela, e levando em conta suas atitudes, ele parece se distanciar mais ainda. Vão por mim, festa, álcool e meninos, não é um bom lugar para Ash.
Em “Dizem por ai” presenciamos a paixão que toma conta de Ash, Dylan ganha espaço de uma forma tão avassaladora que Ash não conegue nem respirar. Vemos as preocupações e as incertezas de Ash. Afinal, fazer ou não fazer a inscrição em uma escola de Cinema? Mandar ou não Mandar Sasha pra ponte que partiu? Continuar aturando Ian, o psicótico, ou não? Eis algumas questões que tornam esse livro, o melhor livro da serie até o momento...

"Homens não usam colar. Homens usam cordão! [...]
- Pela minha experiência, é uma peça de roupa que bagunça os estereótipos quando é vestida por um menino. Só pra deixar claro: Meninos que usam cardigãs são bons de cama."
#PartiuComprarUm!

Ao contrário do primeiro, que fica focado no namoro, não-namoro, de Sarah com Joe, e fica sempre na mesma tecla chata de “Oh, Joe não em ama”, “Oh, Joe só quer meu corpo”, “Oh, Joe só quer minha pélvis”... E por assim vai, esse não. Ash abrange temas em geral, obvio ela fica apaixonada por Dylan, que no inicio nem dá bola pra ela, mais ela não fica se remoendo. Nesse, ela dá espaço pra problemas como o bulling que ela acaba sofrendo do pessoal do décimo segundo ano, pois estavam dizendo – picharam no banheiro - que ela gosta de levar por trás, depois que ela, pra fazer um ciúme básico pro Dylan, na festa de natal do Ollie, transou com o Billy – trouxa – no banheiro, e a namoradinha dele, acabou espalhando pra todo mundo (se bem que esses boatos que soltaram é bem a cara de comentários masculinos, tipo “Há, eu comi ela, e ela gosta de levar por trás!”) que ela era fácil e que gostava de levar por trás. Isso acaba tomando proporções tão grandes na escola que até sua irmã, mais nova, e adorável, acaba sabendo da história toda. O mais chato disso tudo é que, ao terminar o ato, Ash saiu do banheiro e deu de cara com Dylan. Menos um ponto. Billy saiu do banheiro e disse: "Talvez a gente possa repetir a dose, que tal?" ainda fechando o zíper da calça. Menos dois pontos. e Dylan acabou vendo tudo. Desde a hora em que ela ficou bebássa e o momento em que ela se atracou com o garoto. Sim, ele nem ia querer ver ela denovo!
Ash acaba abordando aquele papo que sempre é normal em romances adolescentes, a faculdade. Ela descobre, sem querer, ao fazer um documentário para um trabalho na escola,  o que ela queria fazer daí pra frente, já que até então, esse assunto de faculdade nem havia passado por sua cabeça, segundo ela, passar 4 anos estudando algo em que não se interessasse era pura perda de tempo, e até então sua decisão era não fazer faculdade e esperar, para ver o que realmente lhe interessava! Mais então ela vê, com esse trabalho da escola – que acaba se virando uma forma de esquecer os burburinhos das pessoas sobre a sua reputação de Vadia Mor da escola, e se desligar da escola inteira -  que se interessa pelo cinema, e vê então um caminho a sua frente, mais incrivelmente ela pensa da mesma forma que eu. Não conta nada a ninguém, pois assim, se não der certo, ela finge que nem ligava muito pra isso mesmo (muito eu isso velho!!!).
Nesse livro eu realmente vi a divisão que tem entre os amigos, no primeiro, Sarah não deixa isso muito claro, mais nesse Ash não poupa palavras pra explicar que ela e Donna são melhores amigas realmente (e Rich, que ainda me assombra com os mistérios dele, também), enquanto Sarah e Cass são melhores amigas (e Ollie tá no meio delas, já que fica transparente que ele gosta de Sarah). Jack é meio que apaziguador, não tem lado. Sem duvidas esse é muito melhor do que o primeiro! Eu não conseguia parar de ler antes de ter lido no mínimo umas 50 paginas, no mínimo. Ash é mais intensa, é mais cheia de ideias, de ironias. Ao mesmo tempo que age como uma “vaca”, se mostra um tanto quanto arrependida de ser assim. Vive em completo e profundo conflito interno. Se culpa por ser o que é, por pensar da forma que pensa, e por fazer o que faz, mais ainda assim, não toma atitudes para mudar, e acaba sendo o que tanto odeia. Uma vaca.
Sasha, sua irmã – chata pra baralho! – faz de tudo para se sentir incluída em tudo. Uma puta puxa saco é o que eu acho, faz de tudo pra se mostrar certinha e “ecologicamente certa” mais não passa de uma chata. Sim, chaaaaaaata. Frankie ao contrário, tem 12 anos é um amor. De verdade, um dos personagens do livro que mais amei foi ela. Doce, sem malicia – em quase todos os momentos – objetiva e simples. Frankie é um anjo. E gostei de ver a relação que ela tem com Ash. Sinceramente não esperei que Ash se desse bem com alguém de sua família, como acontece com 75% dela, mais não, a relação dela com Frankie é demais, não é complicada, é gostosa de se ler. 
Acho super legal a forma que a autora explora essa amizade. E Ash realmente deixa claro que, Sara, Cass, Ollie e Jack são seus amigos, mais Donna e Rich são seus Melhores Amigos, uma coisa que não acontece no primeiro – que por favor né gente, comparado a esse, parece estar bem sem sal! Esse tem mais, como eu posso dizer? Recheio? Não fica parado apenas no romance platônico e não correspondido de Ash com Dylan. Fala da escolha dela para o futuro, sobre o quanto ela acaba se aproximando da jovem velha senhora que faz uma participação em seu documentário, sem falar que suas desilusões e seus comentários são maravilhosos. Não esperei que ela passasse por tudo que ela passou, ou que sentisse o que ela sente no livro, via ela mais forte, inabalável. E fiquei muito feliz com o fim. Achei que não podia ter sido melhor. Nada de álcool, nada de excessos, nem de sexo com estranhos. Apenas uma boa conversa, e uma boa descoberta. Ela acabava vendo que a garota, namorada do Billy – babaca – sofre o mesmo que ela. Tem uma mãe que na maioria das vezes, só tem olhos, e orgulho para a filha mais velha. Ela acabou terminando com ele, deixando de lado um “bom partido” após descobrir a traição, e sua mãe não gostou nada. Ash toma a pílula da bondade vendo que a menina passava o mesmo que ela, e aproveita que a garota estava no atelier de sua mãe, ajudando a irmã perfeita, que ia se casar, escolher um vestido, e pede desculpas, dizendo que ela não sabia que eles eram namorados e que nunca teria feito o que fez – ou seja, um sexo sem graça, num banheiro apertado – se soubesse que ele tinha namorada. Mais o final não poderia ser melhor. Simples de tudo. Romantico e bonito. Sinceramente, depois de tudo Ash erecia aquilo, merecia alguém que não a visse apenas como uma vadia que gosta de levar por trás!
Não minto, espero que o terceiro – “Três é Demais”, que vai falar da Cass, que nesse livro quase não participou por causa do Adam, seu ranzinza namorado/dono/dominador, e que também ganhou um novo rumo. Jack, o esportista gosta dela (coisa que não foi dito no primeiro também), e ao que parece, e o que eu espero, ela sabe disso. – seja tão bom quanto esse.

São tantos detalhes, tantas situações. A leitura flui de uma forma tão agradável que eu consegui ler ele em exatamente 3 dias. O livro não é grande, mais o conteúdo é repleto de novidades, pelo menos para quem leu o primeiro e sentiu um vazio deixado pela Saraha e por Joe – o babaca que neste livro estava viajando com Mimi em férias, *dedo na garganta* - sem falar que, meu o cenário é a linda, e fria inglaterra! Quer mais o que?.
E ah... Antes de terminar:

No quesito Rich.
Oh, Rich.
O que dizer?
Sou só eu que quero um livro de 500 páginas apenas falando dele, do beck dele e das relações misteriosas que ele tem por ai? E meu querido, amigo de infância? Eu vejo amigos de infância todos os dias, e nem por isso subo para o quarto com eles e fico quase duas horas desaparecido. Essa não colou não hein! Mais eu curto essa coisa misteriosa e reservada de Rich.

Leiam, não vão se arrepender de forma nenhuma. 

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