12 de agosto de 2013

Resenha - Divergente

Cuidado, contém alguns GRANDES SPOILERS!!!

Nome: Divergente
Autor: Veronica Roth
Editora: Rocco
Ano: 2012 
ISBN: 9788579801310
Skoob: Livro

Sinopse: "Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto.
A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.
E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive."

***

"Acredito nos atos simples de bravura, na coragem que leva uma pessoa a se levantar em defesa de outra."

A sociedade agora se divide entre cinco Facções.
Abnegação.
Audácia.
Erudição.
Franqueza.
E Amizade.
Essa foi a forma que a sociedade achou de se manter estável, em harmonia, em paz. Mais o ser humano anseia por mais, sempre.
Beatrice tem dezesseis anos, e veja isso assim como Lena (entendedores entenderão), so que ao invés de escolher entre o bem e o mal, entre a luz e a escuridão, Beatrice tem que escolher entre continuar com seus pais, escolhendo como sua Facção a Abnegação, passando assim a vida toda sempre pensando nos outros em primeiro lugar, ou escolher qualquer uma das outras Facções, e esquecer de vez seus pais e seu irmão. A Facção antes do Sangue, esse é o lema. Sua família muda a partir do momento em que você é aceito.
Como acontece com todos, as simulações os deixam nervosos, e com ela não seria diferente, pois são essas simulações que antecedem o dia da Cerimônia da Escolha, onde você decide por fim, á qual Facção passar o resto da vida. Mais com Beatrice, as coisas se tornam diferentes a partir do momento em que ela quebra o vidro da simulação onde está... E descobre ser uma Divergente.
Tori, a mulher da Audácia que registrou seu teste, a adverte sobre nunca, em hipótese nenhuma, para ninguém, nem mesmo seus pais, repetir essa palavra ou falar sobre isso. Ser Divergente é perigoso! Ao sair mais cedo da escola, Beatrice volta para casa á pé, imaginando o que será que é ser Divergente. Seria pior ser uma Divergente, a ser uma Sem-Facção? Por que é tão perigoso?
Há muito tempo, um garoto da Abnegação, Tobias, filho de Marcus, decidiu mudar de facção, o que chocou todos. Segundo a Erudição, facção ‘rival’, os motivos que levaram Tobias a deixar seu pai e sua antiga facção, foi que ele apanhou muito quando criança. Mais e Beatrice? Qual seria sua desculpa para sair? Ela nunca apanha, no máximo fica sem jantar no quarto dela, mais só isso! Por que não continuar ali, junto com sua família?
Na Cerimônia de Escolha, eles teriam que ir ao centro do local, cortar a mão, e deixar que o sangue pingasse na caixa onde se encontra o símbolo da Facção. A Facção antes do Sangue.
Caleb, seu irmão é o primeiro. Com toda certeza, ele vai escolher a Abnegação, afinal, ele é tão perfeito nisso, que nem tem como duvidar de sua escolha. Ele corta a mão, e a estende, deixando seu sangue pingar sobre a água. Erudição. Caleb optou pela Erudição. Beatrice fica chocada, e em sua mente agora ela está sem. Como largar seus pais sozinhos? Caleb agora era de outra Facção, uma facção meio que rival. Chega sua vez. Ela vai até o centro, corta sua mão, a estende e por um segundo deixa o sangue pingar entre as Pedras da Abnegação e o Fogo da Audácia.
Ela vira sua mão para a esquerda e deixa que seu sangue pingue sobre as labaredas do chama. Audácia.


“Sou Egoísta. Sou Corajosa.”

Tenho certeza que não vou poder expressar tudo o que senti por esse livro. Não esperava nem metade disso. Distopias sempre deixam minha cabeça meio caótica e embaralhada, mais essa, ah meus queridos, essa não.
Titia Verônica nos apresenta uma sociedade totalmente diferente dos princípios de hoje. Facções que hoje são vistas como ‘erradas’ ou ‘criminosas’, num futuro próximo e caótico se transformam em família, em grupo. Cada uma delas tem uma função especifica. A Abnegação, por exemplo, governa o país. A Audácia cuida da segurança... e assim por diante. Cada uma tem seus costumes, estranhos, e suas funções. Mais vocês sabem que o ser humano não pode ter paz. Ele anseia por poder, a ganância é maior, e a inveja também.
Eu realmente me vi dentro da história – o que é difícil dependendo do cenário – mais esse não. A estrutura que Verônica faz é tão perfeita, que você conegue facilmente entrar em profunda imersão na história, e foi isso que me encantou. O conflito mental e físico do treinamento, a pressão de ser um Sem-facção, e aquela coisa que todos temos, querendo ou não, o medo de se escolher o caminho a se seguir.
Esse conflito sem dúvida é bom para a gente, mais mesmo assim não deixa de ser complicado, escolher a que, ou a quem seguir, o que fazer do resto da vida, ou até mesmo em que acreditar. Eu não conseguiria escolher onde ficar se estivesse no lugar de Tris. Digo isso no inicio. Não saberia escolher, na verdade não poderia fazer tal coisa, acredito que quem escolhe sempre perde a chance de conhecer algo, de descobrir algo. Escolher é o mesmo que perder. E ainda mais com toda aquela loucura de teste para entrar, onde primeiro você sai correndo e entra no trem em movimento, e logo após também tem que descer do trem em movimento, e aterrissar no telhado de um prédio á 7 andares de altura, com o trêm ainda em movimento... Nossa isso é macabro... E libertador!
Você vê Tris se desenvolver, crescer, perder os medos, é exatamente ai que eu mais gostei, essa coisa toda de massagear seus medos e exauri-los. Não se pode viver sem ter nem mesmo um medo, mesmo que seja o mais idiota, mais você pode aprender a se controlar, mostrar ao medo que é você quem manda. Ele não vai sumir, mas você pode superá-lo, e ainda assim ele estará sempre lá!
O Romance não é o ponto base da história. Lógico, tem uma pontada bem boa, e diferente de romance. Onde já se viu, amar um cara de quem você sente certo medo? Ou mais especificamente, amar um cara com quem tem medo de ter relações intimas – por causa de sua criação na Abnegação?
O ponto chave é a ação mesmo. Adrenalina do tipo em que você engole 3 paginas em menos de 30 segundos. A escrita é muito perfeita, muito mesmo. Pode parecer difícil entender essas coisas de facções e tals, mais durante o decorrer da história as coisas vão se encaixando, e tomando sentido. Realmente ficam pontos vagos, como quando e porque tudo isso aconteceu?(me refiro as facções) Quem fundou essas Facções, e o que tem do lado de fora das fronteiras? São coisas assim que deixam o livro bom. Uma sucessão de fatos maravilhosos.
Peter, infelizmente não morre – deveria morrer cruel e dolorosamente! Para que ele pagasse por tudo que fez. Para um nascido da Franqueza, ele mentia bastante! Mais uma coisa eu garanto, temos nossa vingança no fim...

FALANDO EM FIM... MEU DEUS, PURQE SE FAZ ISSU???
(Obs.: erros ortográficos escritos nessa e em outras resenhas são propositais okay?!).

O final é incrivelmente alucinante. Não tem aquele lenga lenga de viveram felizes e etc, é uma coisa bem Hard mesmo. Os membros da Audácia viram zumbis, em uma eterna simulação, e começam a atacar a Abnegação, querendo os derrubar do poder sobre o governo, para que pudessem ter mais “luxo”.
Na verdade acontece o seguinte:
Existe um soro, que gera uma simulação incrivelmente REAL em sua mente, onde os iniciados por meio dele fazem certos testes, que ajudam a decidir a qual facção eles farão parte.
Jeanine que é da Erudição, os ‘crânios’ do pedaço, acaba formulando um soro bem mais potente, que deixa os membros da Audácia em uma simulação sem fim. Eles veem as outras pessoas como inimigas, e fazem o que a simulação manda... Matar.
Mais esse soro, que foi injetado no dia do ultimo teste, que aconteceu na sala das paisagens, não faz efeito sobre Tris! Por quê? Há meus queridos, olhem o titulo! Ela é uma Divergente!

“Todas as Facções condicionam seus membros a pensar e agir de determinada maneira. E a maioria das pessoas fazem exatamente isso. Para a maior parte das pessoas, não é difícil aprender, a encontrar uma linha de pensamento que funcione e seguir por ela... Mas nossas mentes movem-se em dezenas de direções diferentes, não podemos ficar confinados a uma única maneira de pensar, e isso apavora nossos lideres. Isso significa que não podemos ser controlados. E significa também que, não importa o que eles façam, nós sempre causaremos problemas para eles.”

Assim que Tris acaba quebrando o vidro da redoma cheia de água na simulação, que antecede antes do dia da Cerimônia de escolha, onde você descobre qual é o seu verdadeiro lugar, sua verdadeira Facção, ela descobre ser uma Divergente, que além de ter, digamos, senso critico sobre as coisas, tem o dom, ou a força de anular simulações, ou de manipulá-las. E é por isso que ela não vira um zumbi controlado por um computador... E Quatro Também...

Mais chega... AHHH ESSSE LIVRO É DEMAIS.
Al, Chistina, Will, Tobias/Quatro, Peter, Tori, Caleb... São personagens incríveis, profundos, palpáveis... Verdadeiros perante o contexto sabe da história sabe, não parecem ‘personagem’ eles parecem verdadeiros mesmo... Eu amei essa história, de verdade. Leia e desfrute de um novo mundo onde a facção vem antes do sangue!

3 comentários:

  1. Esse livro é muita perfeição! Quero dizer, terminei ele em dois dias D: Quatro e Tris ja entram pra minha lista de personagens brilhantes e badalados. Muito boa resenha :)

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  2. Eu também amei esse livro, já li Divergente e Insurgente, e preciso logo da continuação, mesmo achando que a série decaiu um pouco no 2° livro....
    Enfim, muito boa a resenha, Beijos.

    livroseoutrascoisas.com.br :)

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  3. Divergente é uma das séries que quero começar a ler, provavelmente ainda esse ano, sinto que vou amar essa série.
    http://allmylifeinbooks.blogspot.com.br/

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