9 de setembro de 2013

Resenha - Cidades de Papel

Cuidado, contém alguns GRANDES SPOILERS!!!

Nome: Cidades de Papel
Autor: John (PHODÁSTICO) Green
Editora: Intrínseca
Ano: 2013
ISBN: 9788580573749
Skoob: Livro

Sinopse: "Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.
Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.
Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia."

"Porque Margo conhece o segredo de ir embora, o segredo que só agora eu havia descoberto: ir embora é uma sensação boa e pura apenas quando você abandona uma coisa importante, algo que tinha um significado. Arrancando a vida pela raiz. Mas só se pode fazer isso quando sua vida já criou raízes."

Então você descobre que é um menino de Papel, Morando em uma casa de papel, que fica em uma rua de papel, que faz parte de um bairro de papel, que constitui uma cidade de papel e descobre então que se algo não for feito, sua vida será toda de papel eternamente.
É incrível o quanto um pequeno fato que acontece com ou perto de você pode mudar sua vida. Era apenas um homem, desconhecido, você nem tinha sentimentos ou lembranças por ele, mais mesmo assim vê-lo morto mudou sua vida. Sua vida que até então era de papel, mais você nem sabia!
Quentin Jacobsen sempre amou Margo Roth Spiegelman. Isso não era segredo para ninguém. Eles eram amigos desde pequenos, mais com a puberdade vêm os grupos, e as pessoas descoladas não falam com os Nerds viciados em Ressurrection. Q até então era feliz, com seus amigos Ben e Radar. Tinha amigos legais,  tinha até uma ex-namorada.
Até que numa noite tranquila e normal, como qualquer outra, Margo Roth Spiegelman bateu a sua janela com um pedido um tanto quanto inusitado. Q seria seu piloto de fuga, enquanto ela colocava em ação o seu plano de vingança. Seu namorado a estava  traindo com Becca á algumas semanas e seus até então "amigos" não haviam contado para ela. E eles mereciam ser punidos, pois essa era a lei. Entre essa maratona de punições, entre um arrombamento e outro, entre uma pichação e uma sobrancelha raspada Q percebe o quão mágico é estar com Margo Roth Spiegelman ali, ao seu lado. Talvez invadir o SeaWorld nem tenha sido nada comparado á passar uma madrugada inteira peto dela. Ele mal podia esperar o dia clarear, para encontrá-la na escola. Quem sabe conversar um pouco, e agora que ela estava solteira, tentar levá-la ao baile. Tudo bem, Q odeio o Baile, mais ir nele com Margo Roth Spiegelman seria perfeito.
Mais Margo não aparece na escola no dia seguinte. Nem no próximo. Nem mesmo no dia depois do próximo...
Margo já havia fugido outras vezes. Suas histórias eram épicas por toda a escola, suas aventuras eram conhecidas por todos. E como sempre fazia, Margo deixava pistas, na esperança de que alguém pudesse descobrir seu paradeiro. Q então começa a ver essas pistas. E ao que tudo parece, elas foram deixadas para ele. Mais isso é apenas o que parece!

"- É. Sou uma grande adepta do uso aleatório de maiúsculas. As regras de letra maiúscula são muito injustas com as palavras que ficam no meio."

É uma história tão simples, mais ao mesmo tempo tão pensada e sensacional que putz, eu ainda me pergunto por que raios de motivo ainda não canonizaram esse cara?! A história toda se passa em Orlando, a cidade onde todos querem ir, mais quem mora lá sabe o quanto aquele lugar é, chato, quente e normal. Margo, depois que foge vira o centro das atenções. Q só pensa nela, nas pistas que ela deixou, no seu paradeiro, em certos pontos do livro ele até mesmo pensa que ela está morta, que ela fugiu exatamente para se matar por não aguentar mais a vida e os pais que tinha, e fugir era a forma de evitar que qualquer um a achasse, como aconteceu com o homem no Playground quando eles eram pequenos.
Q então imagina que ela quer que ele a encontre, para que assim possam voltar e viver felizes para sempre. Coitado.

Basicamente a cronologia é a seguinte. Ele vê um pôster novo no quarto dela dias depois de ela desaparecer. O pôster o leva á um livro de Whitman, a aclamada “Canção de mim mesmo”. O livro em si, todo marcado, mais destacado em apenas duas linhas diz o seguinte: “Arranquem os trincos das portas/Arranquem as próprias portas do batente!”. Que então o leva até a sua própria porta, onde está escondido um papel com um endereço “bartlesville Avenue, 8.328”, e daí vem aquela coisa toda de Bairros Fantasmas, ou cidades de Papel (Bairros planejados que nunca saíram do papel, ou que foram abandonados no meio da construção) e Q se vê envolto em uma redoma chamada Mago Roth Spiegelman.
Gosto – e muito - da forma como Green escreve. Sai de dois livros dele apaixonado até a ponta da cabeça, e quando peguei esse para ler, pensei comigo mesmo: “Hum, esse eu não vou curtir!”. E como sempre, o que aconteceu foi o esperado, meti a cara no livro de tal forma que eu até agora não acredito que acabou.
O que eu mais achei legal foi a lealdade dos amigos dele, Bem e Radar – como quando... SPOILER... Eles desistiram da colação e seguiram viajem com Q, pelados, apenas com a beca por cima, sem pensar duas vezes. Quando você ler o livro vai entender o que eu estou dizendo, Q fica chato, repetitivo, só fala em Margo, no centro comercial, na “canção de mim mesmo” e blá blá blá. Eu acho que a intenção de Green foi exatamente essa. Focar a obsessão de Q. Porque tipo, tem um baile rolando, seus amigos estão nesse baile, ele foi convidado pra ir, mais não, ele vai ao centro comercial abandonado e passa a noite lá, esperando que Margo volte. Tipo, isso acaba ficando chato, tudo bem que ela deixou pistas, ok, mais das últimas vezes ela também deixou e a intenção dela não era que alguém a achasse, tudo fazia parte dos seus planos. O que garante que ela quer que Q a encontre mesmo. Mas ele fica predestinado. E tudo que passa em sua cabeça é, Margo, Margo, Margo e Margo.
Gosto – e muito - da forma como Green escreve. Sai de dois livros dele apaixonado até a ponta da cabeça, e quando peguei esse para ler, pensei comigo mesmo: “Hum, esse eu não vou curtir!”. E como sempre, o que aconteceu foi o esperado, meti a cara no livro de tal forma que eu até agora não acredito que acabou. A história é incrível, eu ainda acho incrível a forma simples mais ainda assim complexa e detalhada que Green escreve. Uma mistura de gírias, palavrões, sem medo de falar - ou de escrever. Diálogos sempre engraçados e um fim que digamos, vai deixar vocês loucos. Mais ainda assim eu gostei desse fim, não esperava nada mais que isso. Sem dizer que ele escreve de uma forma tão profunda que não tem como você não sentir nada pelo livro. Ao mesmo tempo que ele é profundo e sentimentalista, ele é engraçado.  Até me deu vontade de invadir o SeaWorld viu. 

Espero que curtam a história da mesma foram que eu curti, porque, gente, Jonh Green entrou para a minha lista de Autores de Cabeceira - Jundo com a Ali Cronin, Jenny Han e alguns outros ai!

6 comentários:

  1. Olá! Adorei sua resenha, bem detalhada e deixa qualquer um com vontade de ler o livro hahaha (no meu caso, de reler rs) Amo John Green, já li "O Teorema Katherine" e estou lendo "A culpa é das estrelas". E ainda tenho "Quem é você Alasca?" na fila, aguardando lá na minha estante haha
    Ah, e Jenny Han também é uma autora de cabeceira pra mim!
    Adorei o blog, já estou seguindo (:
    bussoladepapel.blogspot.com.br

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  2. Seu blog é sensacional!!! A resenha, perfeita!
    Me diverti muito lendo!!!
    Já está aqui nos meus blog favoritos!
    Beijos

    www.meumeiodevaneio.com.br

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  3. Gostei muito da resenha :) John Green é sensacional, e Paper Towns é um óóóóótimo livro. Adoro a Margo e concordo com vc, o John focou a obsessão do Q por ela justamente pra mostrar como a gente se ilude com as pessoas. Adoro os amigos dele que me fizeram gargalhar MUITO! HAHAHA

    Tenho outras resenhas do John lá no Pipoca Musical, depois vai dar uma espiadinha ♥

    Ali Cronin tbm é uma baita autora, gostei de você tê-la mencionado :)

    Abraço!

    Raquel
    www.pipocamusical.com.br

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  4. Eu AMO esse livro de montão!
    Ele é tão a cara de Green que chega a dar agonia. Aquele tipico livro sem final e ao mesmo tempo com um final do caralho!!!!
    Personagens porretas de bom e um humor único, mesmo quando negro.
    Amooooooo!!
    Lindona sua resenha!

    bjus
    terradecarol.blogspot.com

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  5. Adorei a Resenha, vou passara para os meus alunos lerem! Obrigado!

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  6. Adorei a Resenha, vou passara para os meus alunos lerem! Obrigado!

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