31 de agosto de 2015

Resenha - A Rainha Vermelha

Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!
Livro: "A Rainha Vermelha"
Autor: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
ISBN: 9788565765695
Ano: 2015
Páginas: 424
Skoob: Livro
Estrelas: Não existem estrelas o suficiente para classificá-lo.

Sinopse: "O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses. Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho? Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração".


***

“A eletricidade, os prateados e os berros se misturam na minha cabeça enquanto assisto a verdes, lépidas, forçadoras, telecs e aparentemente uma centena de outros tipos de prateadas exibirem-se sob o escudo. Coisas que nunca sonhei serem possíveis acontecem diante dos meus olhos: garotas que transformam a própria pele em pedra ou soltam gritos capazes de esfacelar muralhas de vidro. Os prateados são maiores e mais fortes do que temia; têm poderes que nem sabia que existiam. Como podem ser de verdade?”.

Esta semana eu trago para vocês um dos livros mais incríveis e maravilhosos que eu já li. Para a loucura de muitos, essa semana o livro será “A Rainha Vermelha” da aclamada e idolatrada Victoria Aveyard. Para quem não conhece a autora, ela divide um pouco do seu tempo entre sua cidade natal, East Longmeadow, e as cidades de Massachusetts e Los Angeles. Após graduar-se em Screenwriting da Universidade do Sul da Califórnia , Victoria decidiu testar seus dotes literários e escrever um romance. “A Rainha Vermelha” saiu depois de um longo ano sem emprego – logo após acabar a faculdade. Hoje, nossa nova amada está revisando o segundo livro da série, junto com outros muitos projetos literários e também projetos para o cinema. Entre suas maiores vontades está: Montar um cavalo nas montanhas de Montana e navegar de Londres a Edimburgo sem GPS... Mas vamos ao que interessa?

“Esta é a verdadeira distinção entre prateados e vermelhos: a cor do sangue. Esta única diferença os torna mais fortes, mais inteligentes e melhores que nós".

Esta é uma daquelas resenhas que realmente não vão condizer nem com 30% da história. Mas eu acredito que vale a pena tentar, pois a história é maravilhosamente rica.
O mundo agora é divido por sangue. Depois de muitas guerras e batalhas o mundo que conhecemos morreu para dar lugar a um mundo onde o seu sangue define quem você é.
Se o seu sangue for vermelho, você não passa de um escravo, fadado a trabalhar para o rei, viver em uma vila pobre qualquer, onde tudo é enlamaçado, escasso e triste. Homens e mulheres Vermelhos são obrigados a servir o exército assim que completam 18 anos e a maioria não volta... E se volta, já não é como antes. O pai de Mare Barrow voltou da guerra sem um pulmão e em uma cadeira de rodas. Graças ao mercado negro hoje ele respira com um pulmão metálico, um aparato que faz com que sua vida seja um pouco mais longa.
Agora, se seu sangue for Azul, parabéns. Sua vida será cheia de regalias, riqueza e poderes. Os Azuis, chamados de Prateados, são os nobres, a nobreza da sociedade. Além de terem à sua disposição uma vida tranquila e sem grandes problemas, também são tratados como deuses. Anjos caídos com poderes, é assim que são conhecidos. Cada um dos conhecidos como Prateados pertencem a uma Casa diferente. Cada Casa possui um poder diferente e único. Controlar o verde – as árvores, flores, plantas -, metais, água, fogo, terra, controlar mentes,  luz, o tempo, eles também possuem o dom da força, de curar a si ou aos outros... São verdadeiros heróis com superpoderes. Mas heróis salvam vidas. Os Prateados não. Eles sacrificam os Vermelhos para manter sua vida nobre do jeito que é.
Há séculos uma guerra, que parece nunca acabar, assola a população. Uma guerra sem sentido, por poder e território. Vermelhos e mais Vermelhos são levados aos campos de batalha para “servir ao seu Rei” e acabam morrendo... E ainda assim nada acontece. Ninguém ganha e ninguém perde.
Mare sabe que vai servir. Ela tem consciência disso. Não é boa na escola e não é aprendiz de ninguém, como sua irmã mais nova, Gisa, é. Mare, aparentemente, não tem nenhum dom como sua irmã, que faz lindos bordados para os Prateados usarem, então só lhe resta servir ao Rei, como seus outros três irmãos mais velhos fazem. Graças a deus nenhum dele morreu, ainda. No topo de sua casa uma bandeira mostra que dali, de sua casa, três filhos foram para a guerra – simbolizado por três estrelas – e ainda permanecem nela – já que não há nenhuma faixa preta por entre as estrelas, o que indica a morte.
Mare só sabe fazer uma coisa: Roubar. Ela rouba moedas, relógios, cartões de energia, joias e tudo mais que suas mãos leves podem pegar. Ela e seu melhor amigo, Kilorn, são assim, mãos leves. Kilorn é sortudo em certo ponto. Por não ter nenhuma família, foi criado por um pescador e por isso aprende essa tarefa, e não precisará servir, mas tudo rui quando seu instrutor morre, repentinamente, e ele se dá conta de que o aprendizado ainda não havia sido concluído e seu futuro não teria como ser outro a não ser um soldado do Rei.
Mare faz de tudo para ajudar seu amigo, mas não há muitas escapatórias. Fugir disso acarretaria em morte para ambos, por deserção. Pensando melhor nas coisas e na sua vontade de ajudar seu amigo, Mare se lembra de uma coisa: o contrabando. Eles seriam contrabandeados. Sua ausência não seria nada para sua família, Gisa, tem um oficio, vai abrir sua loja em breve e irá empregar todos, e tudo melhorará. Mas Kilorn não tem ninguém, ele precisa dela.
Ela se encontra com Will, um senhor que sempre compra seus produtos roubados, e pede a ajuda dele para isso, para ser contrabandeada pelo mercado negro em segurança. Will até nega no início, mas acaba cedendo e apresenta uma garota chamada Farley, ela seria a responsável por contrabandear os dois. Só que tudo tem um preço, e o preço desse contrabando seria duas mil pratas. É muito mais do que ela jamais terá. É muito dinheiro. Farley ainda por cima, para ajudar, dá um prazo de dois dias para Mare conseguir o dinheiro.
Mare decide então pedir ajuda à sua irmã, que trabalha em Summerton, a “Vila de Verão” dos Prateados, para arrumar o dinheiro necessário. Mare agora roubará dos ricos. Mas nada dá certo. Além de a garota ficar com medo de todo aquele mundo que não conhecia, um mundo glamuroso, todo limpo e cheio de riqueza, onde os Prateados, mais frios do que gelo, vivem confortavelmente, Mare também pega um péssimo dia para se ser uma Vermelha. Após um atentado à um território Prateado, que deixou muitos de sangue Azul feridos e que foi confirmado ter sido feito por uma organização revolucionária de Vermelhos, a coisa fica feia. Todos os Vermelhos de Summerton provam do ódio e do poder dos Prateados, enfurecidos pelo incidente. Eles querem respostas e em sua cabeça os Vermelhos ali presentes tinham algo a ver com o ocorrido noticiado na TV. Na correria e depois de quase ser afogada por uma Ninfa raivosa, Gisa e Mare correm para fora da Vila de Prateados, mas, no desespero e na vontade de ajudar Kilorn, Gisa tenta roubar um Prateado... Nada dá certo, ela é pega e paga por seu ato. Sua mão é quebrada dolorosamente como lição... Agora nem mesmo Gisa terá um futuro. Suas mãos nunca mais poderão bordar novamente.
Tudo está perdido, nada mais vale a pena. Mare não tem o dinheiro para salvar Kilorn, Gisa agora não pode tricotar e o mundo a sua volta parece cada vez mais cruel e degradante. Os Prateados vivem no luxo e eles na lama. A garota então decide fazer o que sabe, ou seja, sair e roubar alguns bêbados pelo caminho. Ela vai até um bar local e espera na surdina, até um rapaz jovem, de roupas limpas sai la de dentro, meio bêbado. Essa é a chance... Mare já se prepara para pegar suas moedas sem que ele veja, mas o rapaz é mais rápido e segura sua mão. Mal sabe Maré que, seu futuro mudará completamente. Sua vida nunca mais será a mesma. Nem sua vida, nem seu nome, nem seu futuro.  A Menininha Elétrica vem por ai...

"Todo mundo pode trair todo mundo."

Comprei esse livro sem a intenção de realmente me entregar à leitura. Mas certa noite, enquanto decidia qual seria a leitura da semana, decidi pegar e ler a primeira página. Resultado? Eram duas da manhã e eu ainda estava lendo o dito cujo livro. Me apaixonei.
É uma mistura muito louca e bem feita de “A Seleção”, “Divergente” e qualquer outra série que envolva poderes especiais e nobreza. Victoria nos enlaça em uma narração deliciosa. Nos deixa com ódio, com o peito acelerado, com medo, literalmente apaixonados por uma garota que, por um descuido se torna o temor de toda uma realeza.
Sem querer, durante certo acontecimento do livro, Mare descobre que ela não é apenas uma Vermelha. Ela é mais. Ela é Prateada também. Graças a vontade se se mostrar de Evangeline – aquela vaca leiteira dos infernos -, Mare descobre que é mais forte que todos ali. O que mais me ganhou nessa história foi isso. Mare não era apenas mais uma Prateado, que deve ter sido criada por Vermelhos. Não! Ela era Vermelha e Prateada, seu poder era único, ela não apenas manipulava as coisas como os outros, ela era sua própria fonte de poder.
As ninfas, por exemplo, precisavam de água para manipular, elas não faziam aparecer água, Mare não, Mare fazia nascer eletricidade de seu âmago!
A trama é delirante. O ponto certo entre drama, fantasia e ação. Chegou uma parte do livro em que eu não conseguia parar, eu engolia tão rápido as palavras para poder formar logo uma cena em minha mente que até esquecia de respirar. Esse livro é delirante, ele vicia demais minha gente.
É uma sucessão louca, muito louca de acontecimentos. Eu não vou falar nada a respeito da Elara, do Maven, do Cal, nem mesmo da Guarda Escarlate... Mas acreditem, no final, você vão querer morrer. Sem falar que o nome do livro é muito propício. Eu iniciei a leitura esperando que a Mare se tornasse Rainha, vocês vão entender quando lerem, porém, algo muito melhor acontece. Ela, só para situar, acaba entrando em uma grande farsa, organizada pelo Rei e pela maldita da Rainha. Todos acabaram vendo a “Vermelha com poderes” e eles precisavam fazer com que isso não virasse um escândalo. Daí eles inventam todo um “Era uma vez” e colocam Mare, a menininha elétrica, para se casar com Maven, o príncipe, filho de Elara, enquanto Cal, o outro príncipe, seria o Rei em breve - mas não é filho de Elara, e sim da antiga Rainha que se “matou”.
Só com esse gostinho vocês já conseguem sentir a minha necessidade de uma continuação, que só vai rolar em Janeiro. Por favor, leiam e me digam o que acharam. Uma trama digna de um filme incrível e de uma sequência maravilhosa. Gente, eu estou apaixonado! Nem sei mais o que dizer, por isso vou parar por aqui!
31/50

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