9 de novembro de 2015

Resenha - Me abrace mais forte

Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!
Livro: "Me abrace mais forte"
Autor: David Levithan
Editora: Galera Record
ISBN:  9788501105820
Ano: 2015
Páginas: 224
Skoob: Livro
Estrelas: 4

Sinopse: "Do universo de Will & Will: Um nome, um destino, conheça a história de Tiny Cooper em um fabuloso musical Uma novela musical do universo de Will & Will – um nome, um destino, escrito em parceria com John Green e o primeiro livro juvenil com protagonista gay a figurar na lista do New York Times. Em Me abrace mais forte, o personagem Tiny Cooper, um dos mais carismáticos da trama, disponibiliza o roteiro do musical que acompanha sua trajetória: do berçário até o ensino médio. Com participação especial do fantasma de Oscar Wilde, o roteiro revela os detalhes da vida amorosa de Tiny, seu relacionamento com seus vários ex-namorados, a amizade com a babá lésbica, a relação com os pais e o encontro com o amigo Will Grayson. • Will & Will: Um nome, um destino já chegou a 19ª edição e vendeu mais de 150 mil exemplares. • Me abrace mais forte é um dos livros mais pedidos nas redes sociais da Galera". 

***

É com muito prazer, mas muito mesmo, que esta semana eu ~es mais uma resenha de um livro do nosso amado David Levithan. Para quem ainda não sabe quem ele é, Levithan é um editor de livros infantis e um autor norte-americano premiado. Publicou o seu primeiro livro, “Boy Meets Boy”, em 2003 e suas obras têm provocado protestos de conservadores de direita. Levithan também é um dos fundadores da editora PUSH, dedicada à Literatura para Jovens Adultos, e que é uma das marcas da Scholastic Press. Você já deve ter ouvido falar em seus livros. Entre eles temos “Todo Dia”, “Garoto encontra Garoto”, “Dois Garotos se beijando” e entre suas parcerias com outros autores, que são muitas, temos “Will & Will”, livro que tecnicamente inspirou David a escrever este musical/livro.
Bem vindos à vida de Tiny Cooper!

“Na expressão não se diz subindo de amores. É por isso que amo a gente. Porque sabemos o que vai acontecer quando cairmos”.

Ah, que bebê grande, e gay!
Neste pequeno musical, escrito pelo próprio Tiny, conhecemos um pouco de sua vida até o presente momento. Desde sua estreia, seu nascimento, até o inicio de sua vida amorosa e desastrosa. Tiny sempre soube que era gay, muito gay, e sua família também. Mas, uma coisa é se saber que é gay, mas e assumir para você mesmo? Esse é o primeiro dilema de Tiny. Ele sabe que é gay, sua família também, mas até então isso não era concretizado, era como se as pessoas soubessem por saber, estava na cara, mas Tiny nunca confirmou.
Religião, amizade, time de futebol americano... Ele decide contar a todos, mas antes precisa dizer para si mesmo que aquela era a verdade. Ele gosta de garotos, tipo, “aquele cara é lindo, lindo tipo, eu beijaria ele!”, Ele acaba não vendo grandes problemas com isso, todos já sabiam, a confirmação só trouxe uma liberdade diferente para ele.
Agora que todos sabiam, vem a parte em que ele descobre que precisa de sua outra cara metade – mesmo ~que sua babá lésbica o tenha prometido que nunca pensará assim, pois já somos completos, não precisamos encontrar caras metades. Tiny quer um amor, alguém que o ame, que o entenda, que o faça feliz. É então que se inicia a “Parada dos Ex-Namorados”. 18 ao total. São todos os caras pelo qual Tiny se sentiu apaixonado. Cada um terminou com ele por um motivo. A melhor desculpa para o término foi a do ex-namorado numero  11: “Acho que sou meio vagabunda”. Mas, sem dúvida, o que mais ensinou algo para Tiny foi o ex-namorado numero 18, ou seja, Will.

“Para o filme, eu gostaria de Anne Hathaway, mas como na versão Noite de Reis que ela fez em Shakespeare no Parque, não a performance da Anne-de-cabelo-tão-ruim-que-quase-me-matou em Os Miseráveis”.

Depois do sucesso que “Will & Will” foi, Levithan resolveu contar a história de um personagem em especial, que ganhou o coração dos leitores com sua aparição no livro. Tiny Cooper. John Green abençoou a ideia e é isso ai, eis que esse livro lindo chegou para nós.
Confesso que não cheguei a ler o “Will & Will”, não sei por que mais foi uma história que não me chamou a atenção para ler. Ok, posso estar muito errado e me arrepender, mas tudo bem. Esse livro, o do Tiny, sim, me chamou a atenção, então eu decidi me arriscar. E amei.
O livro é dividido em dois atos. O primeiro é a respeito da vida de Tiny, seus costumes, relação com os pais, amigos, igreja, esporte e consigo mesmo. Depois que ele se assume, meio que para ele mesmo, já que todos já sabiam daquilo, vem o segundo ato. Ato este que conta suas desventuras no ramo amoroso. Cada uma das 18 decepções, suas histórias e porquês.
Tiny é muito azarado para o amor. Talvez seja sua impulsividade em dizer que “gooooooosssta” dos caras cedo demais. Com toda certeza ele deve ser de Câncer. Meu deus, se apaixona muito fácil.
Fique bem expressado aqui que eu odeio musicais em suam maioria. Essa coisa de comer pão e cantar a respeito de você comendo pão me tira do sério. Mas musicais em forma de livro realmente me atraíram. Uma leitura bem fácil e dividida em três estilos: As músicas, as falas dos personagens e as opiniões e direções de quem está escrevendo a peça, Tiny, sobre como a cena deve ser, quem deve estar nela, o que deve ter no palco, referências para a cena baseadas em musicais e filmes famosos – a parte em que ele zoa a Anne Hathaway foi a melhor! -, roupas, expressões e suas visões pessoais do momento.
Eu achei uma leitura extremamente engraçada e o final realmente me surpreendeu. Sabe, essa coisa de que não precisa ser um final feliz e sim um final que deixe a entender que está tudo bem, mas que tudo ainda não acabou? Então, esse foi o final. Sem falar que a fala final dele, sobre “caindo de amor” foi incrível. Eu simplesmente vou levar aquilo comigo para sempre.
Se você leu “Will & Will”, sem dúvidas vai amar esse livro. Se voc~e ainda não teve esta oportunidade, leia mesmo assim. Dá para entender, se divertir e tirar boas lições a respeito de relacionamentos do livro.
 38/50

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