23 de novembro de 2015

Resenha - O Príncipe Congelado

Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!
Livro: "O Príncipe Congelado"
Autor: Raigor L. Ferreira
Editora: Independente
ISBN: B015TJ7GVC
Ano: 2015
Páginas: 9
Skoob: Livro
Amazon: Compre AQUI
Estrelas: 5


Sinopse: "Nas terras longínquas do Reino de Arvoredo, os habitantes já estavam acostumados com um príncipe fora do tradicional. Phelipe, o herdeiro superestimado do trono tinha uma condição exótica e que fazia os moradores do Reino se perguntarem: “Como alguém pode ser tão gelado?”. A resposta para a pergunta não era simples e esmerada. Na verdade, era muito complexo entender o que tornara a majestade, um homem tão frio e indiferente". 

***

Essa semana a resenha é diferenciada – e posso afirmar que é a primeira que faço desse gênero. Tive o prazer de ler nesta semana que passou o conto “O Príncipe Congelado” do paulista Raigor L. Ferreira. Raigor tem 22 anos e já possui dois contos publicados na Amazon, sendo eles: "Abnegação", conto que ficou entre as 10 distopias mais vendidas da Amazon no mês de lançamento; e "O Príncipe Congelado", conto que eu tive o prazer de conhecer essa semana e que alcançou o 1º lugar dentre as histórias infanto-juvenis mais vendidas da Amazon na semana em que foi lançado.
Apaixonado por escrita desde criança, Raigor é um autêntico canceriano (Alguém socorre ele pelo amor de deus, falou câncer a gente já pensa em depressão!) que publica seus contos de forma independentemente, como vem acontecendo muito hoje em dia, e também se arrisca no ramo das poesias - algumas publicadas em antologias da Editora Itacaiúnas. Vamos ao conto, por favor, que eu não estou mais conseguindo me segurar!

"Este garoto é fraco! Quando eu tinha a mesma idade dele, já tinha nove cicatrizes de batalha, e ele está lamuriando por causa de um ferimento á toa!"

Forçado a conhecer o campo de batalha desde cedo, o príncipe Phelipe teve uma infância bem diferente do que o que se espera de um príncipe. Seu pai, Rei do Reino de Arvoredo, tinha em mente que um príncipe deveria aprender a parte árdua do reinado desde pequeno.  Mas não era isso que o príncipe queria, muito menos sua mãe, afinal, Phelipe era apenas uma criança de seis anos! Eis que um dia, com oito anos de idade, o príncipe participou de uma simulação de luta e acabou saindo com o braço dilacerado. Ele chorou por dias a fio, sua mãe não queria mais permitir que o filho participasse de tal selvageria. Noite após noite o Rei e a Rainha brigavam mais e mais por conta disso. O príncipe, obrigado a ouvir tudo e presenciar cada discussão, se via cada vez mais frio, nem mesmo um banho pelando de quente ajudava, ele não sabia o que estava acontecendo.
Depois de mais uma briga, de tão nervoso que ficou, o Rei teve um ataque cardíaco e nem mesmo as fadas do reino o puderam ajudar. Ele faleceu deixando a Rainha e o pequeno príncipe sozinhos. A rainha entrou em seu casulo – seus aposentos reais – e ali ficou por anos a fio, chorando a perda do amor de sua vida. O pequeno príncipe, cada vez mais gelado e excluso da vida social, não sabia mais o que fazer.
Na manhã de seu aniversário de 14 anos, a Rainha veio então a falecer, a solidão a consumiu por completo. O príncipe agora estava sozinho, seus tremores e o frio que seu corpo emanava aumentavam mais e mais, até que no dia de sua coroação, seu corpo inteiro se transformou em gelo. Todos agora o conheciam como Príncipe Gelado. O Reino de Arvoredo agora passava por um intenso inverno que parecia não ter data de término e ninguém sabia afirmar se isso era por conta do príncipe ou nâo.

"Tudo estava frígido, até que um dia , o príncipe recebeu a visita da princesa de Fogo [...] Por onde a princesa de fogo passava, ela espalhava um pouco de calor".

A pergunta que fica ao final da leitura é a seguinte: Por que não um livro de 300 páginas com direito a continuações infinitas ao invés de um conto com 9 páginas? – lágrimas eternas –
O conto é lindo, delicado. É exposto para nós, leitores, de uma forma tão bonita e sentimental que não tem como não amar e não desejar um livro com a história detalhada do príncipe Phelipe e da Princesa de Fogo. O conto tem personagens capazes de criarem e desenrolarem uma trama maravilhosa, o potencial que qualquer leitor consegue ver nessa folhas é imensurável. Sabe, busca por identidade, problema com os pais, descoberta do amor, entender sua condição... Gente, tem fada nesse lugar! Dá para se ter um enredo riquíssimo, cheio de contos e histórias envolvendo esse mundo.
Quem diria que o amor, o carinho e também o cuidado fossem a chave de toda a história? A princesa vem de longe para conhecer o príncipe que dizem ser igual a ela. Ele é todo de gelo e ela toda de fogo. E não é que os opostos se atraem mesmo? A forma como o autor toca nesse assunto, o afeto, a formação do amor e do carinho, é simples, afinal é assim que tem que ser, os sentimentos, para quem os sente, são simples e avassaladores, e é isso que percebemos durante a história. A perda do pai, da mãe, daquela identidade que ele conhecia – o lindo príncipe de olhos verdes e cabelos loiros – tudo isso o deixou mais e mais frio, até que seu peito transformou-se em uma pedra de gelo. Mas quando ele menos esperou, quando ele finalmente decidiu se abrir para o sentimento que imaginava estar sentindo, tudo tornou-se...
Gente, isso é um conto, eu não posso estragar a leitura de vocês! Daqui a pouco estou reescrevendo o conto todo aqui só para vocês lerem e sentirem o mesmo que eu. Super indico a leitura e quero saber depois o que vocês acharam também!
Para quem se interessou, dá para compra-lo lá no site da Amazon (CLICA AQUI MEUS QUERIDOS!), e óbvio curta a Página no Facebook e também no Skoob!!!
40/50

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