15 de fevereiro de 2016

Resenha - Diário de um zumbi de Minecraft #4

Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!
Livro: "Diário de um zumbi de Minecraft - Trocando de corpo"
Autor: Herobrine Books
Editora: Sextante
ISBN: 9788543103105
Ano: 2015
Páginas: 128
Skoob: Livro
Estrelas: 3

Sinopse: "A vida de um HUMANO no ensino fundamental não é nada fácil.
Humano?!? Não, você não leu errado. O zumbi de Minecraft está de volta... só não é mais um zumbi! Depois da confusão com a esmeralda do desejo, Steve e ele trocaram de corpos! E até conseguirem a cura do problema, um vai ter que se passar pelo outro durante algumas semanas.
Como nosso (ex-)zumbi lidará com o dia a dia de uma escola de humanos? E como vai sobreviver à experiência do seu primeiro... argh... banho?
Sem Esquely, Slimey, Creepy ou Sally Cadáver ao seu lado, nosso herói precisará da ajuda de Alex, uma nova amiga que vai ensiná-lo a ser um humano popular e a sair ileso de uma competição escolar perigosíssima!
UM NOVO CORPO E UM NOVO NARIZ, MAS OS MESMOS SUSTOS E A MESMA DIVERSÃO!". 

***

Para quem não conhece, Minecraft é um jogo eletrônico do tipo sandbox e independente de mundo aberto, que permite a construção usando blocos (cubos) dos quais o mundo é feito. Foi criado por Markus "Notch" Persson e o seu desenvolvimento começou por volta do ano de 2009. O jogo foi vencedor do prêmio VGA 2011 de jogos independente. O jogo é basicamente feito de blocos, tendo as paisagens e a maioria de seus objetos compostos por eles, e permitindo que estes sejam removidos e recolocados em outros lugares para criar construções, empilhando-os. Além da mecânica de mineração e coleta de recursos para construção, há no jogo mistura de sobrevivência e exploração.
Ele nada mais é que uma ferramenta criativa. Não há forma de vencer em Minecraft, uma vez que não há objetivos nem enredo dramático que necessite ser seguido. Os jogadores passam a maior parte de seu tempo simplesmente minerando e construindo blocos de material virtual, daí o nome do jogo. Uma vez que os jogadores tenham coletado e construído um inventário suficiente de recursos, eles usam estas aquisições virtuais para conceber casas e paisagens, muitas vezes construindo todos os tipos de estruturas de blocos.

“- Zumbi, o importante não é quem você é do lado de fora, mas quem você é do lado de dentro”.

Dessa vez o nosso amigo Zumbi adolescente realmente se meteu em uma enrascada. Depois de trocar de corpo com seu amigo humano, Steve, no bioma do Pântano, nosso amigo vai ter que se adaptar a vida de Steve. Ele acho que seria só minerar diamantes e socar árvores, talvez até derrubar uma vaca e tal, mas não é só isso não.
Em sua vida de humano, Steve também vai para a escola, e diferentemente do que ele pensava, os humanos não são nem um pouco normais. Tomam banho todo dia, escovam os dentes, comem comidas nojentas, tipo mingau e na escola nem se fala. São todos diferentes e andam em grupos separados. Não se falam entre si, conversam apenas com que se parece com eles. Vai entender.
Ele precisa aguentar apenas mais duas semanas, até a lua cheia, quando a Bruxa voltara para o pântano e poderá desfazer o feitiço que a esmeralda do desejo. Será que ele aguenta tudo isso? Sua missão nesse tempo é: se comportar como um humano normal.

“Tentei fazer uma coleção de meleca aqui, igual a que tenho em casa, mas os aldeões acharam nojento e jogaram fora. Fiquei superchateado. É bem prático ter uma coleção dessas quando dá fome à noite”.

O zumbi agora está por conta própria em um mundo em que ele nunca viu de perto. Como se usa o shampoo? A pasta de dente? A escova de Banho? Na verdade, pra que que serve o banho? Ele sofre bastante para entender um monte de coisa. Para ajuda-lo, Steve pede que Alex o ponha a par de tudo no mundo humano, mas ainda assim não era a mesma coisa que ter amigos. Ele não podia conversar com ninguém já que parecia que a escola toda, assim como a aldeia também, olhava para ele com uma cara estranha.
Em contraponto Steve havia conseguido, em incríveis uma semana, se tornar o Zumbi mais popular da escola. Até um Baile ele organizou e colocou a montraiada para dançar. Isso era incrível. Até parecia que ninguém sentia a falta do antigo Zumbi. Nem mesmo sua família.
Esse volume, dos outros três, é o mais interessante. Mostra esse choque de “culturas” e toca em pontos bem crucias e simples, como a diversidade. Mostra que a diferença entre as pessoas é normal e é isso que as torna especiais. Isso além de explicitar que o que importa é o que você tem por dentro, quem você realmente é, e não aquilo que aparentava por dentro.
Além disso nos deparamos com uma realidade dos jogos: quando você morre, imediatamente você acorda na sua cama e volta a viver de novo. Lógico, você perde tudo o que você conquistou até o momento, mas ainda assim, você volta. Eles conseguem colocar um enredo, uma trama, por mais simples que seja, entranhada com a realidade do jogo, e isso é muito divertido.
Isso por que não falei da referência feita aos Jogos Vorazes. Eu realmente ri muito. Tem tudo, a árvore em que a Katniss sobe, o arco, o nome, as mortes... É bem engraçado. Uma leitura bem descontraída. Vale a pena investir!
06/55

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça o login usando sua conta do Twitter, Facebook ou Blogger e comente ;)