4 de julho de 2016

Resenha - Terra dos Sonhos

Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!
Livro: "Terra dos Sonhos"
Autor: Alyson Noel
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580571332
Ano: 2012
Páginas: 208
Skoob: Livro
Estrelas: 4

Sinopse: "Riley descobre que a pós-vida pode ser solitária para alguém que se concentra apenas em trabalho. Ela então vai até o local onde os sonhos acontecem na esperança de entrar em contato com a irmã, Ever. Lá encontra o diretor, que lhe explica os dois modos de fazer isso: ela poderia saltar para dentro de um sonho qualquer de Ever, e assim transmitir sua mensagem, ou criar um sonho novo em estúdio e enviá-lo à irmã. O problema é que esse segundo modo foi banido há muito tempo, e o estúdio, lacrado. Determinada a falar com a irmã haja o que houver, Riley parte sozinha atrás de seu objetivo. O que acaba encontrando, porém, está longe de ser um sonho. Será Riley capaz de se livrar desse pesadelo para chegar a Ever?".


***

Mesmo com as duras criticas envolvendo a escrita e a história dessa série, eu resolvi continuar, por que se tem uma coisa que eu sou, essa coisa é perseverante! Por isso, essa semana tem Alyson Noel de novo para vocês! Para quem não conhece Alyson Noël nasceu no dia  3 de dezembro de 1965, no Condado de Orange, e é uma escritora americana de ficção. Ficou conhecida mesmo pela prestigiada série “Os Immortais”, que conta com seis volumes, sendo mais quatro como spin-offs da história.
Foi na adolescência que Alyson teve grande inspiração para escrever, lendo “Are You There the God? It's Me, Margareth”, de Judy Blume, quando estava na sexta série. Seus livros, traduzidos para 35 países, somente nos Estados Unidos venderam mais de 2 milhões de cópias Antes de se dedicar à literatura ocupou uma variedade de profissões, como babá, balconista de uma loja de departamento de vendas, assistente administrativo, joalharia, pinturas, recepcionista e comissária de bordo da Delta Air Lines.
Essa semana falaremos sobre o livro “Terra dos Sonhos”, terceiro volume da série “Riley Bloom” – Spin-off da série “Os Immortais”.

“Mesmo em situações que a deixem infeliz, a maioria das pessoas prefere ficar com a infelicidade conhecida em vez de arriscar algo desconhecido”.

Depois de literalmente ter se livrado de um puxão de orelha do Conselho de Aqui & Agora e, ainda por cima, ter sido elogiado pelo belo trabalho, Riley agora estava de férias. Tinha o tempo livre para fazer o que quisesse, sair, conversar, curtir um pouco o mundo lá em cima. Mas depois de ser dispensada pelo Conselho e ver que Bodhi não a esperava, e sim a Jasmine, Riley meio que entra em “surto”. Ela não tinha amigos Aqui, não conhecia ninguém, sua família tinha afazeres e não eram mais responsáveis por ela... E agora? O que ela faria nesse tempo.
Ela acaba voltando para sua casa, que se parecia muito com a casa que tinha no passado, no plano terreno, e encontrando sua família. Por um tempo isso foi o bastante, ela se divertiu e aprendeu muitos com seus pais e avós, mas, quando sem querer ela encontra Bodhi sentado na grama, com Jasmine em seu colo, curtindo um dia lindo, como todos são, ela fica mal novamente.
Nunca será como Jasmine. Nunca chegará aos 13 anos, será sempre reta e sem graça, como uma criança e isso a entristecia muito. É então que ela se lembra que havia uma forma de conversar com sua irmã no plano terreno, Ever. Obviamente Bodhi a instruiu a não fazer isso, pois não era permitido, mas ela precisava conversar com sua irmã e pedir ajuda, entender como ela pode fazer para crescer. Então ela recorre a uma ajuda inusitada e ruma em direção a Dreamland (Terra dos Sonhos), iniciando sua aventura e busca por autoconhecimento.

“- Você acha que... como se diz... – ele estreitou os olhos e coçou o queixo – Você acha que esse... esse... Daniel Radcliffe... Você acha que ele voa em uma vassoura na vida real?”.

Sem duvida, esse volume é o mais envolvente. Tudo que os outros dois volumes não têm, esse sem dúvida alguma tem. Alyson Noel com toda a certeza acertou na forma como levar esse livro. Ao contrario dos outros este não fica tão pesado e chatinho, por assim se dizer. Ele fica envolvente e chamativo a cada página. Ainda temos aquelas descrições e comentários desnecessários, mas em menor numero, de forma que o enredo realmente corre mais rápido e acaba, por conta disso, te prendendo muito mais.
Riley, como sempre cabeça dura, não escuta o que Bodhi diz e acaba indo conhecer a terra onde todos os sonhos são feitos. Até ai tudo bem, o lugar não é nenhum presido nem área 51. A entrada é livre e tem até uma lista de espera para se poder “saltar” em um sonho, mas por causa de Buttercup, que salvou um sonho, Ever acaba ganhando uma entrada VIP e toda a atenção do Diretor do lugar. Logo logo ela poderia saltar em um sonho de Ever e conversar com sua irmã mais velha. Mas Riley tem sempre aquele defeito de querer tudo agora e já! E por conta disso acaba se metendo em apuros.
Eu fiquei com muita dó dela no fim desse livro. Com dó e com raiva. O segredo, no fundo, não é SPOILER fazer missões, atravessar almas e mais almas para Aqui e pronto, fiquei mais velha, como ela mesma imaginava. Crescer, atingir os 13 anos, como ela tanto ansiava, era algo que não podia se controlar, se media a partir do amadurecimento dela em relação a sua no pós-morte. Mas infelizmente ela não percebe isso, acaba agindo como uma criança de doze anos e no fim perde muito mais que sua oportunidade de chegar aos 13.
Eu gostei muito desse volume. Do jeito como a autora criou o enredo e mostrou o que queria mostrar, ou seja, nem todas as almas que passam para Aqui estão livre e nem todo mundo sabe realmente o que quer. Ela nos apresenta uma Riley sedenta por envelhecer – um pouco até por ciúmes de Bodhi, que agora havia evoluído para 15 anos -, tão sedenta que chegava a ficar cega, passando por cima de tudo e todos para isso.
É impossível não ficar com raiva dela, porque literalmente tudo que ela faz é não seguir ordens. Ordens simples, do tipo: Não entre. Mas ela é muito vida louca e entra. É bem o temperamento dela mesmo, mas deixa a gente um pouco irritado.
Li muitas críticas negativas sobre a série, e compreendo todas, mas decidi não parar no segundo volume e dar uma chance, e confesso, me surpreendi ainda com a evolução da escrita que esse livro tem. Acabei lendo ele em apenas dois dias e amei cada segundo.
26/55

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