1 de agosto de 2016

Resenha - O caderninho de desafios de Dash & Lily

Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!
Livro: "O caderninho de desafios de Dash & Lily"
Autor: David Levithan e Rachel Cohl
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501105158
Ano: 2016
Páginas: 256
Skoob: Livro
Estrelas: 5

Sinopse: "O novo livro de David Levithan e Rachel Cohn que juntos escreveram Nick e Nora Uma noite de amor e música acompanha a dupla Lily e Dash. Ela está doida pra se apaixonar e, pra encontrar o par perfeito, decide criar um caderninho cheio de tarefas e deixá-lo na livraria mais caótica de Manhattan. Quem encontra o moleskine é Dash, e os dois começam a se corresponder e trocar sonhos, desafios e desejos no caderninho, que vai se perdendo nos mais diversos lugares de Nova York".



***

“Com ou sem oração, quero acreditar que, apesar de todas as evidências do contrário, é possível para qualquer pessoa encontrar aquele alguém especial”.

Essa semana temos mais um lançamento do nosso amado David e da nossa amada Rachel. Confesso que de cara o livro não me ganhou muito, essa capa é horrível gente, mas quando eu comecei a ler, não deu outra. Mas antes de qualquer coisa...
David Levithan nasceu no dia 7 de setembro de 1972, na cidade de Short Hills, New Jersey. Ele é conhecido mundo a fora por seus romances YA. Além de ser um escritor mega premiado por quase tudo que faz, ele também é bastante conhecido por introduzir personagens gays – como protagonistas – em seus livros. Um exemplo disso são os livros “Boy Meets Boy”, “Two Boys Kissing” e “Nick and Norah's Infinite Playlist”, livro escrito em parceria com Rachel Cohn, que por coincidência também colabora neste livro que falaremos um pouco hoje!
Rachel nasceu no dia 14 de dezembro de 1968 em Silver Spring, Maryland. Cresceu na área de DC (Maryland suburbano), mas também passou os verões de sua infância em Massachusetts. A autora ficou conhecida pelos livros “Pão de Mel”, “CupCake” e “Siri”.
Hoje vamos falar um pouco sobre o livro “O caderninho de desafios de Dash & Lily”, livro que li em um dia de tão maravilhoso que é.

“[...] E em boa parte do tempo na vida, ainda estamos apenas descobrindo o som das coisas. Conhecemos as frases e como dizê-las. Conhecemos as ideias e como apresentá-las. Conhecemos as orações e que palavras dizer em que ordem. Mas isso é apenas ortografia”.

O Natal está quase chegando na cidade mais incrível para se passar o Natal. Nova York. Meio que uma semana antes do Natal somos apresentados a duas pessoas bem diferentes. Dash, um verdadeiro Grinch quando o assunto em questão é natal. Um garoto de 16 anos que mentiu para a mãe e para o pai, dizendo para ambos que estaria passando o fim de ano na casa do outro, e agora havia conseguido um bom tempo sozinho nesse feriado tão odiado por ele.
Escolhendo o que levar para casa em sua biblioteca preferida, Dash acaba encontrando um moleskini vermelho. O caderninho estava na sessão dos seu autor preferido e não tinha nome nem nada. Ao abrir se deparou com palavras escritas a mão – em uma caligrafia bem feminina – que o convidavam para um jogo de desafios. Como não tinha nada melhor para fazer, ele aceitou. As pistas no caderninho vermelho o levou a montar uma frase e a, desta forma dar continuidade ao jogo. O jogo da Lily.
Lily, por sua vez, era uma garota de 16 anos, apaixonada pelo Natal e tudo que o envolvesse. Mas esse ano seu feriado seria bem diferente. Seus pais vinham organizando há quase um ano uma viagem de aniversário de casamento pata Fiji e por conta disso ela ficaria em casa apenas com seu irmão mais velho e o seu mais novo namorado. Até seu avô havia viajado para ver sua namorada na Flórida. Por conta disso seu irmão Langston teve a ótima ideia de montar esse caderninho para ver se sua irmã encontrava alguma distração, já que seu tempo seria todo gasto com seu novo namorado Benny. Lily era doce, feliz e bem exótica. Era a melhor jogadora de futebol da sua escola de meninas, mesmoq eu ficasse só no gol e infelizmente não tinha quase nenhuma amiga. Na verdade, nenhuma.
Quando seu primo, que trabalhava na parte de informações da livraria mandou uma mensagem para Lily avisando que alguém havia deixado uma resposta em relação ao seu caderninho e que esse alguém era um tanto quando hostil e antipático, Lily mal pode imaginar que seu péssimo Natal se transformaria uma grande e louca aventura, digna de filmes de hollywood.

“Estava com meus cachorros prediletos no parque, Lola e Dude, um pequenino pug-chihuahua e um gigantesco labrador chocolate. O que eles sentem é amor verdadeiro. Dá pra ver pela animação com que cheiram a bunda um do outro”.

Eu sempre fico louco por esse tipo de livro por que sempre fica aquela expectativa de que isso, essa história louca de idas e vindas do amor, possa acontecer na minha vida. Levithan e Cohn relmentefazem uma ótima dupla na hora de escrever.
Primeiro que essa história sabe te fazer ficar viciado. O clímax e a forma com que a trama se desenrola faz com que você, sem duvida nenhuma, queira continuar só mais um pouquinho, só por mais um capítulo, para ver o que vai acontecer.
Dash aceita os desafios, que não são tanto desafios assim – são amais perguntas, respostas e lugares estranhos para se procurar por ambas -, e passa a conhecer melhor Lily, a garota que criou aquele jogo. Lily, por sua vez, sente o mesmo em relação ao garoto hostil – foi o que toda a sua família que participou dessa brincadeira disse sobre o garoto – e a sua bela e intrincada escrita.
Talvez o grande acerto nisso tudo foi a forma de desenvolver essa trama. Quando você acredita que acabou, puff, vem mais coisas e mais assunto para se tratar. Os cenários e os acontecimentos mudam muito e no fim acabam realmente se cruzando.

“Estamos lendo a história das nossa vidas
Como se estivéssemos nela,
Como se a tivéssemos escrito”.

Como já é de esperar, os autores nos presenteiam com bons sarcasmos e opiniões a respeito de tudo. Coisas que vão da Macy’s até Nicholas Sparks – também odeio e gostaria de nunca ter conhecido , e eu acho que o grande ponto é esse sabe, trazer a história para perto de nós e fazer com que de alguma forma pareça real. Mesmo que não hajam passeadores de cachorro por aqui nem nenhuma pessoa que queria ganhar um OED (Oxford English Dictionary) de natal. Acho que também não acharemos ninguém tão eloquente como Boomer ou Langston, mas isso que é o legal, você sentir que toda essa aventura dos dois – que pode ser ir a uma balada que nunca foi, ser procurado por um grupo de mães com sede de vingança ou ser preso por tentar salvar o bebê desse grupo de mães com sede de vingança e virar assunto no mundo inteiro – pode de alguma forma acontecer com você.
Sem duvidas os autores sabem escrever de uma forma tão, mas tão corrida, e agradável, e engraçada, e real e, ao mesmo tempo, triste, que você se identifica de uma forma monstruosa.
Se identifica com os sentimentos, com os medos, com a vontade de mudar, de crescer, de ter alguém ao seu lado, de ter amigos, de amar... Ah, como eu amo esses livros.

“[...] - Quero dizer que o amor que senti por ele foi enorme e real, e, apesar de doloroso, me mudou eternamente como pessoa [...] As pessoas importantes em nossas vidas deixam marcas. Elas podem ficar ou não no plano físico, mas existem para sempre no coração, porque ajudaram a formá-lo. Não dá para esquecer isso”.

Gente, apaixonado é pouco para dizer o quanto me sinto em relação a esse livro. Acho que é por isso que não ligo em pagar o olho da cara em um livro desses – livro da qual a capa não me animou nem as paginas brancas. Pago o preço que for porque sei que de alguma forma o livro vai me ganhar. Vai me hipnotizar. Espero que pensem o mesmo. David, Rachel, amo vocês muitão –emoticon heart-
30/55

“- Não sabe quem é Nicholas Sparks? – Perguntou Dash.
Balancei a cabeça negativamente.
- Por favor, nunca descubra – disse ele” – MELHOR CITAÇÃO HAHAHA

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