Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!
Autor: Jennifel L. Armentrout
Editora: Valentina
ISBN: 9788565859790
Ano: 2015
Páginas: 320
Skoob: Livro
Estrelas: 5
Sinopse: "Começar de novo é uma porcaria. Quando nos mudamos para West Virginia antes do último ano de curso, eu tinha me resignado ao sotaque engraçado, ter conexão de internet ruim e me cansar da vida monótona como uma ostra... Até que eu vi meu vizinho sexy, tão alto e com esses impressionantes olhos verdes. As coisas pareciam estar melhorando. E então ele abriu a boca. Daemon é insuportável e arrogante. Nós não nos damos bem. Nada, nada bem mesmo. Mas quando um estranho me atacou e Daemon congelou o tempo, literalmente, com um movimento de sua mão... Bem, algo aconteceu... Inesperado. O sexy alienígena que vive do outro lado da rua. Sim, você ouviu direito. Alien. Acontece que Daemon e sua irmã têm uma galáxia cheia de inimigos que querem roubar suas habilidades, e o toque de Daemon fez com que eu parecesse um daqueles sinais luminosos em Las Vegas. A única maneira de sair dessa viva é ficar colada a Daemon até que minha "luz" extraterrestre se apague. Isso se eu não matar a Daemon antes, claro".
***
Essa semana a resenha vai ser sobre um livro que me
chamou a atenção de uma hora para outra. Acho que pareceu meio que magia, mas
esse livro começou a aparecer em todos os lugares em que eu ia. Dai coloquei na
cabeça que leria, afinal, que capa maravilhosa é essa, não? Para quem não
conhece, a autora do livro é a Jennifer L. Armentrout, uma escritora americana
que vem fazendo muito sucesso com o gênero Young-Adult.
Jennifer mora em West Virginia, EUA, e além de
escrever mais de oito horas por dia, como ela mesma afirmou, ela gosta de gastar seu tempo lendo,
trabalhando fora (jardinagem talvez?) e assistindo filmes de zumbis. Além de
sua série principal, “Lux”, que terá o primeiro volume resenhado aqui hoje, ela
também é dona das séries “Covenant”, “Titan”, “Arum” (spin-off da saga Lux),
“Dark Elements”, “Wicked” e “Standalone”.
A autora é mais uma dessas celebridades que se
alto-publicam e estouram na internet, chamando a atenção de todas as editoras -
tanto que Algumas de suas obras têm estado na lista de bestsellers do New York
Times por semanas. Jennifer também escreve sob o pseudônimo de J. Lynn.
Mas essa semana o nosso foco ficara em “Obsidiana”,
uma história maravilhosa que me lembrou e muito uma mistura leve entre “Eu sou
o numero quatro” e “Crepúsculo”.
“Mordi de leve o lábio. Podia ouvir a voz do meu
pai falando a frase favorita dele para me encorajar: ‘Vamos lá, Kittycat, não
seja uma espectadora!’”.
Depois de quase três anos da morte de seu pai, Katy
se mudou da ensolarada Flórida, para a nem-tão-ensolarada-assim West Virginia.
Um fim de mundo no meio de muitas montanhas. Seu pai havia falecido depois de
um diagnóstico tardio de câncer. Depois de diagnosticado, seu pai não aguentou
nem dois meses. Era difícil continuar em seu apartamento. Tudo fazia com que
ela e sua mãe se lembrassem dele e chegou uma hora em que suas vidas deveriam
seguir em frente.
Sua mãe trabalhava em dois hospitais, sempre foi
assim e com toda certeza isso não mudaria. Katy sempre ficou muito bem sozinha
sem causar nenhum problema. Era apaixonada por livros e também era uma
blogueira como nós – orgulho de ler isso né!
Um dos únicos pedidos que sua mãe fez nessa nova
fase de suas vidas era que Katy saísse do casulo. Já fazia dois dias que elas
haviam se mudado e Katy nem se deu ao trabalho de sair de casa. Passara o tempo
todo arrumando a bagunça. Sua mãe ate indicou que ao lado, nos vizinhos, havia
um casal de irmãos que pareciam ter a sua idade, não custava nada ir se
enturmar e fazer amigos antes do inicio das aulas. Segundo ela, também, o irmão
era um gostoso. – suspiros longos, pois isso é pouco para descrever.
Mas nem tudo deu certo de cara. Katy resolveu pedir
informações para eles sobre onde ficava o mercado da cidade, o que era
ridículo, pois a cidade só tinha uma avenida principal e um sinal, somente uma
retardada se perderia ali... E foi isso mesmo que o grosso, sem educação, sem
camisa, trincado, moreno, de olhos esmeralda, deus grego montado em um cavalo
alado branco, cuspiu em sua cara.
O rapaz abriu a porta sem camisa, quase seminu, e
foi o mais grosseiro possível. Foi um baque de primeira impressão incrível.
Katy ficou atônita. Mas ainda assim, depois de xingamentos, dedos do meio e
muitos palavrões – eu amo esse livro – ele acabou indicando o local. Já um
pouco mais calma e no mercado, Katy acabou encontrando Dee – depois de um belo
susto.
Ela se apresentou como irmã do rapaz mal educado,
chamado Daemon (qualquer semelhança com a palavra demônio é coincidência ok,
mesmo levando em conta o temperamento do rapaz). Assim que Katy saiu, enfezada
e com ódio nos olhos, da frente da casa de Daemon, ele ligou para Dee e disse
onde Katy estaria. Segundo Dee, ela estava ansiosíssima para conhecê-la desde
que ela e sua mãe chegaram, mas achou deselegante atrapalhar a arrumação da
casa com isso.
Entre conversa vai e conversa vem, um garotinho
chega perto de Dee e no mesmo instante sua mãe aparece apressada, o pega pelo
braço e briga com ele, dizendo que ela já mandou ele não chegar perto Deles...
E dai meus queridos, se preparem para a trama mais avassaladora de suas vidas.
“Rosto bonito, corpo perfeito e péssima atitudo. A
santíssima trindade do boy magia!”.
Não sei o que vem acontecendo mais estou devorando
livros de, o que, 300 páginas, em coisa de dois dias, e com esse não foi
diferente. A trama é muito bem escrita e cativante. Dee parece desesperadamente
precisar de uma amiga e Daemon, o seu irmão gêmeo super protetor parece ver em
Katy uma serial killer a postos de massacrar Dee.
Os gêmeos são maravilhosos, lindos, exuberantes, de
dar inveja em muito modelo do Victoria Secrets. Parecem ser os mais populares
da cidade, então qual era o problema em Dee ser amiga de Katy? No inicio Katy
acreditou que havia um preconceito da parte dele por Katy ser “Normal”, como
ele sempre dizia, e Dee ter outros amigos como ela – no caso, o que passa na
cabeça é que todos são populares.
E nisso entra uma guerra farpada e cheia de
granadas entre Daemon e Katy. Eles mal podem se ver e dedos do meio surgem
seguidos de palavrões e ofensas inimagináveis. Mas ainda assim, na cabeça de
Katy, aquele corpo todo era uma delicia e um desperdício, já que o cara era um
completo babaca.
Eles têm mais uma discussão, como já era de
costume, mas desta vez Dee resolveu interferir. Ela foi ‘viajar’ e escondeu as
chaves do carro de Deamon e disse que ele só as teria de volta se ganhasse
pontos com Katy. Resultado: Ele a levou para nadar em um lugar especial, que
ninguém mais conhecia.
Entre tapas e desavenças, Katy e Daemon até
conversaram um pouco e ela viu que por trás daquele incrível imbecil havia um
cara legal. Isso ate ele mergulhar e desaparecer por mais de dez minutos. Dai
as coisas desandaram mais um pouco quando eles voltaram para casa e Daemon deu
de cara com Matthew saindo de sua casa. O tempo fechou na hora. Literalmente.
Assim como Daemon, Matthew desprezou legal a presença de Katy, o que a deixava
ainda mais frustada e irritada. Eles nem se conheciam, como todos naquela
cidade podem odiá-la sem nem ao menos se dar ao trabalho de conhece-la? Ela
gostava e muito da amizade de Dee, mas tudo isso estava dificultando as coisas.
Eu realmente não sabia o que esperar deste livro.
Em muitas partes me lembrou um pouco a forma como o livro “Crepúsculo” caminha
em relação ao enredo. As descobertas, os fatos, até mesmo o atrito entre o
pessoal todo. Tem gente sumindo na cidade também então tudo isso contribuiu.
Além de também me trazer a mente um pouco do livro “Eu sou o numero quatro”,
por conta de toda essa coisa de ET e de planetas e poderes especiais. Mas
acreditem quando eu digo que a história vai te surpreender muito mais do que
qualquer uma dessas outras que citei.
A autora criou personagens fortes e com uma
personalidade muito, muito distinta. Katy é uma garota língua suja e que não
leva desaforo para casa de ninguém. Gosto disso nela, por mais que me irrite
ver que ela sempre volta para ele, mesmo depois de todo aquele papo de que ele
só se importava com a Dee, sua irmã. Acho que se ela fosse um pouco mais pulso
forte no inicio, e tipo, ignorar mesmo ele, tudo correria mais rápido. Mas
gostei muito de ver que ela não se encolhia para ele.
Em contra ponto temos o Daemon. – respiração funda
– Ele é realmente um escroto, com perdão da palavra. Grosso, sem educação,
bipolar, metido, nariz em pé, mas ao mesmo tempo é “aquela Brastemp toda”,
sabe? Meu deus. É o personagem que consegue te fazer sentir ódio, desejo e dar
risada ao mesmo tempo. Ele provoca Katy de uma forma tão forte no livro
inteiro, que assim, se fosse eu, eu riscaria a palavra autocontrole do meu
Aurélio e pularia para cima dele. Ele é um dos personagens com personalidade
mais forte que já li. E ao contrário dos outros, ele não muda. Ele não se
derrete e muda sua vida toda conforme percebe a ligação que tem com a Katy. Sua
personalidade continua a mesma, independente do que acontece na trama.
Dee é um amor. Uma princesa alienígena super
adorável. Sua carência é tanta que chega a ser amável. Sua força de vontade em
ter uma amiga normal e fazer parte de algo é incrível. Tanto que no meio do
livro ela já tem mais duas colegas, Lesa e Carissa. (isso tudo depois de um
rolo que deu entre Katy e Ash, a outra ET. Resumindo, Katy explodiu e tacou um
prato de macarrão na cabeça da menina, depois disso Dee decidiu passar a se
sentar com Katy e suas colegas no intervalo).
Eu amaria tanto falar de outros aspectos desse
livro que me conquistaram, sabe, a escrita corrida e fácil de se acompanhar, gostosa
e nem um pouco maçante. E talvez até um pouco da atualidade, sabe, é uma
história que se passa hoje, tem blog, celular, referências a coisas da mídia e
famosos. Realmente uma leitura deliciosa. Isso
porque eu nem falei dos Amuns, e dos rastros de luz, e dos poderes e nem mesmo
de onde esse povo todo vem! Gente, eu acho que estou muito apaixonado!
Espero que vocês leiam e me digam o que acharam.
Sem duvidas essa saga ganhou um lugar na minha cabeceira. Me apaixonei!
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